Mostrando entradas con la etiqueta Lida de Góngora. Mostrar todas las entradas
Mostrando entradas con la etiqueta Lida de Góngora. Mostrar todas las entradas

viernes, 19 de febrero de 2010

Murilo Mendes, Lida de Góngora

Furiosos metais, garras alternativas,
Tuas imagens concretas enfrentando
As harpias subterrãneas,vencem
Toda oposição entre os contrastes surdos
Do espaço linear e do tempo ondulado

Inversamente o grito vertical da ode
Convoca o vocabulário que se aduna
Em torno da metáfora, espada fértil:
Rompe a obscuridade em mil pedaços

Homens olhados de binóculo pelo céu,
Galáxias da mulher, altos muros do mar,
Explodem na analogía, ocupam o verbo.
O eco apanha a própria voz que passa a outro.

Quem disse que o sim e o não se excluem?
Quem disse que o corpo é refratário a Deus,
Quem disse que a história é estática,
Quem disse que a morte mata,
Quando se cavalga o mito em pelo?

Al principio de este mes posteamos un poema de Borges dedicado a Góngora; releyendo a Murilo Mendes-en la edición bilingüe de Calicanto y en traducción de Rodolfo Alonso- encontré esta personalísima visión del poeta cordobés. Dado que muchos rioplatenses dicen que Góngora es inentendible y que la lusofilia de este blog es un hecho consumado-Gerana Damulakis o Janaína Amado no me dejarán mentir- va el poema en su lengua original.
Murilo Mendes nació en Juiz de Fora-paisano extemporáneo del salingeresco Rubem Fonseca- en 1901 y murió en Lisboa en 1975.